Olá amigos,
Depois de uma longa ausência devido a diversos compromissos fotográficos, e não só, volto hoje com um tema que me parece interessante pois qualquer um de nós, com mais ou menos experiência fotográfica, pode explorar.
Estou a falar da fotografia documental, uma área onde, como o próprio nome indica, iremos documentar algo através da nossa própria vivência do acontecimento. Pode ser um evento cultural, desportivo, uma região, uma profissão, etc, etc .

O interessante neste tipo de fotografia é que podemos e, se possível, devemos dar o nosso cunho pessoal, a nossa interpretação visual, do que queremos documentar. Isto não quer dizer, antes pelo contrário, que desvirtuemos a descrição do evento, antes podemos contá-lo com um olhar diferente, realçando o que mais nos atrai, dando realce aos pormenores que podem fazer a diferença na forma como contamos a história.
Para isso vou aproveitar umas fotos que fiz o ano passado em Elvas, aquando das Festas de São Mateus, em honra do São Jesus da Piedade. Estas festas englobam, entre outras actividades, uma procissão e a respectiva Feira da São Mateus.
De uma forma despretensiosa, sem grande preparação do que me esperava, tentei retractar alguns aspectos da procissão, assim como pequenos recortes da feira na sua actividade nocturna.
Como disse acima, há certamente muitas formas de documentar tanto a procissão, como a feira, contudo, a minha escolha na forma de contar a história foi através do registo de pormenores que me iam saltando à vista conforme ia passando por eles, para mais não tendo havido uma preparação prévia. Penso que esta é uma boa forma de documentar fotográficamente o evento, sem a preocupação de estar a querer contar factualmente a história do evento, antes mostrar a minha visão pessoal.
Tentando ilustrar o que me moveu na forma como fotografei, posso dizer que, no que respeita à procissão, tive a preocupação de fotografar a ligação existente entre quem vai na procissão e os que assistem na orla do passeio. Os pormenores dos actos de devoção, como a senhora descalça ou a vela acesa de uma promessa que se cumpre.


Se repararem algumas das fotos nem estão tecnicamente muito perfeitas, existindo até algum desfoque e ‘grão’ em algumas, mas isso acaba até por valorizar o aspecto do improviso, da casualidade em que a foto teve de ser feita.
No que toca às fotos da feira, houve a curiosidade de fotografar o que considero mais ‘castiço’ neste tipo de feiras, o ‘Rei das Facas’, as senhoras das Farturas, ou a barraquinha dos doces, mas sempre numa perspectiva de ligação com o povo que as visita.
Outro aspecto que me despertou a atenção foi o colorido das barracas que é habitual nestas feiras, assim como os ‘sofisticados’ letreiros promocionais, ultimo grito da moda em termos de marketing. São aspectos sempre presentes nas feiras populares.
Por fim, como estávamos em época de campanha eleitoral, não faltou a oportunidade de fazer um ‘instantâneo’ de uma candidata às eleições legislativas, presenças sempre habituais nestes eventos populares.

Não quero terminar sem antes os convidar a visitar e a inscreverem-se no nosso novo projecto, a comunidade fotográfica Photofinders (www.photofinders.pt) porque será através deste projecto que melhor os poderei ajudar a divertirem-se aprendendo e desenvolvendo as vossas aptidões fotográficas.
Espero que tenham gostado, e até ao próximo post.
Beijos e abraços.